Lucas 23:33-41
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. Também sobre ele estava esta epígrafe [em letras gregas, romanas e hebraicas]: ESTE É O REI DOS JUDEUS. Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Este trecho bíblico nos mostra três homens crucificados.
Em qual deles você se vê?
Um dos ladrões, de forma arrogante blasfemava contra Jesus, o outro, humildemente o reconheceu como filho de Deus!
Como um ladrão , pecador , consciente de seu pecado, pôde ter tal revelação?
A graça de Deus já estava lhe abrindo os olhos, antes mesmo que lhe abrisse a porta do paraíso como Jesus lhe prometeu que aconteceria ainda naquele dia.
Vendo isso é bem fácil nos vermos na humildade deste ladrão.
Mas, o ladrão arrogante também está em nós, quando tentamos argumentar com Deus, ou contra Deus, quando vivemos momentos tão difíceis como aquele em que os três estavam. Sim! Somos tão arrogantes como aquele ladrão, basta que "pisem em nosso calo".
O fato é que a postura daqueles dois fazem parte de nossa natureza humana.
Por isso devemos crucificar a nossa arrogancia para não pecarmos ainda mais contra Deus, ou contra o nosso próximo, e crucificar também, nossa tendência de querer algo em troca de nossa humildade ou submissão a Deus.
O ladrão humilde, não pediu a Jesus que se lembrasse dele como troca por ele te-lo reconhecido como Deus, Aliás ele sabia que não merecia nada de Jesus, e expressou isso quando disse: "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez".
Se nos vermos em Jesus naquela cena, é necessário que estejamos crucificados!
"Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim".
Esse é o nosso lugar: Crucificados com Cristo! Vivendo a vida dele em nós, pois quando morremos no pecado, a vida dele foi injetada em nós, logo, a vida que temos não nos pertence, mas sim a Cristo.
E enquanto estivermos crucificados com ele, nossa natureza humana não repetirá a arrogância do Gólgota!
Cristo uniu em si mesmo a arrogante natureza humana, e a humilde natureza divina, e afirmar isso, não é menosprezar a Deus, muito pelo contrário! É exaltar a grandeza de Deus e sua poderosa humildade, em ter se rebaixado a condição humana e recebido o castigo que era justo que nós recebessemos, e não ter lançado isso em nosso rosto.
Quando recebemos Jesus, recebemos também a natureza divina com quem nossa natureza humana, carnal luta constantemente. Assim começa uma jornada na qual crucificamos nossa arrogância, recebemso a Cristo e este crucificado como pregavam os apóstolos, e ainda crucificados como aquele malfeitor; recebemos as duas mais importantes revelações da vida: QUEM É DEUS, e QUEM SOU EU?
Você já teve essas revelações?
Ainda devo dizer que : "Não há como entrarmos no paraíso sem passarmos pela cruz".